O Novo Voz da Verdade



Quando se trata de música evangélica, vem à tona diversos nomes de conjuntos e cantores que fizeram e fazem parte dessa história. Popularmente conhecida como música gospel e amplamente divulgada a partir do século XXI principalmente nas redes de televisão, fazendo parte até mesmo de trilhas sonoras das novelas da Rede Globo, o gênero caiu no gosto dos cristãos e adeptos.

Porém a música gospel não começou no século XXI, muito antes já estava sendo cantada pelo Brasil. Álvaro Tito, Ozéias de Paula, Guiomar Victor, Denise Cerqueira, Shirley Carvalhaes, Cassiane, Lauriete, Mara Lima, Rose Nascimento, Novo Som, Altos Louvores, Voz da Verdade, entre outros.
Muitos continuam como antigamente mesmo depois de mais de 30 anos de carreira. Alguns mudaram drasticamente, chegando a perder sua essência inicial, como o caso do Voz da Verdade.
Voz da Verdade foi um grande fenômeno nas décadas de 80 e 90. Seu primeiro LP já lançou um dos seus maiores sucessos, a música Jesus Vive, de autoria de Elizabeth Moisés. Durante seus próximos 20 anos, seriam considerados a banda mais influente no meio. Todos os anos aconteciam os lançamentos dos LPs e após uns 2 meses, a gravação do DVD com as músicas do último trabalho. Era de praxe a gravação ser realizada no Ginásio do Ibirapuera e nas mais recentes, na Vila Funchal.
A partir de 1995 a banda começou a ter modificações em sua composição. Samuel Moisés, filho do Pastor Carlos, começou a ter espaço na banda. A partir de 1999, Lydia Moisés e Lilian Ferrão entraram para o time do Back Vocal e posteriormente em 2002 Sara Moisés integrou o conjunto, onde na mesma época a Isa Moisés, esposa do fundador do grupo, sai devido sua idade avançada.
Em 2003 lançam um single que se espalha pelo Brasil. A música Escudo virou febre nas igrejas e nas rádios de todo país. A banda estava em seu novo auge com sua nova configuração. O evento de gravação do DVD O Melhor de Deus Está Por Vir foi na Via Funchal com casa lotada.
Depois do CD O Melhor de Deus Está Por Vir, a banda já perdia o fôlego e já não lançava mais singles como anteriormente. O próximo CD, intitulado Sonhos, chegou a ter a música Sonhos e Borboleta de Deus nas rádios.
Em 2006 a banda recebeu um prêmio como banda do século, e lançou o CD Ainda Estou Aqui, que apesar de bem aceito, também não lançou single como O Escudo.
Era evidente que a banda perdia ainda mais o folego de diversos CDs lançados anualmente e começou. Em 2007 lançou o CD Filho do Leão, apesar da excelente produção musical e um belíssimo DVD, não conseguiram emplacar sucesso nesse álbum.
O ano de 2008, considero que foi um dos anos de “despedida” do verdadeiro Voz da Verdade. Gravado na Estância Árvore da Vida, foi um dos shows mais lindos que assisti do conjunto. Um DVD duplo com uma seleção de alguns sucessos como: Lute, Terra do Pão, Imagem de Deus, Escudo, Projeto no Deserto. Um show muito bem planejado e Back Vocal bem posicionado no palco.
Como de costume, cada integrante cantava uma música acompanhada dos demais integrantes fazendo participações durantes as canções com as famosas entradas do back.
Depois desse CD intitulado 30 anos, a banda começou a perder mais sua essência. O que já era evidenciado em trabalhos anteriores, músicas com altas investidas de metais e uma diminuição dos instrumentos de sopros, talvez por influência de Samuel, que a cada ano tem tido mais espaço.
Em 2009 lançaram o álbum Chuva de Sangue. Em questão de qualidade musical, o álbum foi excelente, porém como nos dois últimos trabalhos, não lançou single. Muitos na época diziam que era o pior álbum de todos. O DVD foi gravado em Goiânia e quando se assiste o DVD, é perceptível o público menor em comparação aos outros.
Chuva de Sangue foi o álbum que encerrou a periodicidade anual de lançamentos dos CDs. A banda começou a perder integrantes. Lilian Ferrão, uma das backs mais queridas, faleceu devido complicações de um transplante hepático. Em 2010 não houve lançamento de CDs. Outro desfalque, foi a morte do pastor Nelson Zanirato, que era conhecido por realizar as aberturas dos shows.
Em 2011 lança o CD Eu Acredito, o último do Voz da Verdade. Já não era mais a cara do Voz da Verdade genuíno. A diminuição da participação do Back talvez foi um dos erros do CD. Com uma back a menos e últimos CDs lançados sem singles, eram grandes as expectativas, mas parece que elas não foram totalmente superadas.
Após 2011, tivemos uma pausa de gravação de CDs. O grupo diminuiu suas agendas e ficou sem lançamentos de CDs por 3 anos. Para uma banda que há 5 anos, lançava CDs todos anos, ter um período de 3 anos sem lançar nada foi algo que surpreendeu os fãs. A desconfiança de que algo estava mudando começou quando nas aparições do conjunto quando a família do pastor José Luiz (Rita, Sara e Lydia) já não aparecia.
As especulações foram as maiores possíveis, ouvi que eles brigaram, diversos cochichos, mas nenhum confirmado. Lydia era evidente que já não poderia mais participar ativamente, visto que estava seguindo carreira solo como cantora pentecostal, inclusive assinando contrato com a Sony Music, sendo de exclusividade da gravadora.
Em um evento de gravação do DVD da banda Brothers Music (“filha” do Conjunto), composta pelos três filhos do Pr. Carlos, foi dado como brinde para quem adquirisse o DVD dos Brothers, um especial de 35 anos da Banda Voz da Verdade. Para surpresa de todos, José Luis, Sara, Lydia e Rita não estavam participando. Nos deparamos com um show bonito, mas que quem acompanha a banda há um certo tempo, sentiu muito a falta dos demais. Porém nada tinha sido declarado por nenhuma das partes.
Eis que a banda ressurge e divulga a gravação do CD Heróis. Título bem aceito pelo público, com umas músicas colocadas no youtube e aprovada pela maioria das pessoas que ouviram. Pastor Carlos tinha selecionado bem os hinos para serem gravados.
Quando nos deparamos com o encarte, vimos que realmente a família do Pastor José Luis não fazia mais parte do conjunto. Quando peguei o encarte, confesso que me deu muita tristeza. Me lembrei dos shows anteriores com aquele back repleto de pessoas da mesma família, com seus vestidos um mais lindo que o outro, cantando em uma única sintonia as canções que estavam na boca do público participante. Antes, um back vocal de 8 pessoas para depois ter um back com 4. Os 4 “heróis” que continuaram na banda foram Liliani, Alberto, Elizabeth e a nova integrante do conjunto, Cristiane Moisés.
Já foi triste ver essa diferença de composição, quando coloco o CD para ouvir, me deparo com um CD, que em minha opinião, é 10% do real Voz da Verdade. Muito metalizado, sem violão, pouca participação do Back e instrumentos de sopro quase deixados de lado. Faltou os acordes e o acompanhamento do violão do Pastor José Luis, faltou a voz rouca da Sara para contrastar com os agudos da Lydia e a presença da voz aveludada da Rita.
Nos deparamos com uma “remodelagem” do conjunto. Antes um conjunto enorme, com duas famílias inteiras no palco, lançando anualmente CDs com enormes expectativas, para um conjunto com metade dos seus integrantes, com músicas que não tem nenhuma raiz nos trabalhos anteriores e uma influência enorme da banda Brothers Music.
Não estou aqui decretando que seja o fim ou reinício do conjunto, mas será que eles conseguirão voltar aos flashs depois de tantas perdas sucessivas e a mudança brusca na composição?

Jean Wyllys diz que senador do PT “vendeu a alma ao diabo” ao receber oração de Malafaia


Ele chega a afirmar que a defesa moral do líder evangélico é quase "fascista"


Além do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também se mostrou desconfiado com a presença do senador Lindberg Farias (PT-RJ) no culto da Assembleia de Deus Vitória em Cristo no último domingo (13).

Wyllys escreveu um texto para o site da revista Carta Capitalcomentando a fotografia do momento em que o pastor Silas Malafaia chamou Lindberg para receber uma oração. Desafeto do pastor evangélico, o deputado do PSOL não economizou críticas para falar sobre o caso.

O ex-BBB chegou a dizer que Mafalaia foi quem colocou as questões sobre o aborto e o casamento gay nas campanhas eleitorais de 2010, afirmando que esses assuntos fazem parte “de uma agenda moralista – quase fascista”.

Lindberg é o candidato do PT para assumir o Governo do Rio de Janeiro e mesmo sem fazer propaganda política durante o culto, o senador foi criticado pelo deputado que chegou a dizer que o petista está vendendo a alma.

“Se o fato de se pôr a alma à venda já suscita um debate sobre ética, imaginem quando a alma é oferecida a negociante que costuma pagar pouco e pedir mais que alma!”, escreveu Jean Wyllys se referindo a Silas Malafaia.

O discurso do deputado assumidamente gay cita estudos de importantes autores da comunicação como Roland Barthes e Jean Baudrillard para dizer que o “sorriso” da foto diz mais do que qualquer palavra, insinuando que a participação do senador no culto evangélico não passava de uma encenação.

“Ambos têm consciência de que estão enganando um eleitorado que não por acaso é chamado e tratado como ‘rebanho’ pelo seu pastor. Esforçam-se para parecerem convincentes – e tudo na foto reforça a verossimilhança da cena, inclusive o nome ‘Jesus’ ao fundo”, encerra.

Comissão rejeita exigência de frase "Deus seja louvado" das células


Com a decisão o projeto será arquivado e só voltará a ser discutido se 52 deputados assinarem um recurso para que a pauta entre para as sessões do Plenário.

O projeto de lei que obrigava a inclusão da frase “Deus seja louvado” nas cédulas de real foi rejeitado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara nesta quarta-feira (16) a pedido do deputado João Magalhães (PMDB-MG).


O texto de autoria do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) tentava transformar em lei a inclusão da frase que circula nas notas de dinheiro do Brasil desde 1994. Com isso o Ministério Público não poderia forçar a retirada da frase.

A inscrição tem gerado polêmica, pois o MP-SP entrou com uma ação contra a União e o Banco Central, em 2012, alegando inconstitucionalidade, pois a frase menciona o nome de Deus, ferindo a laicidade do Estado e a liberdade religiosa.

A Justiça paulista já negou a ação do Ministério Público, mas a polêmica continua e com o arquivamento do processo é possível que na próxima instância a justiça federal determine a retira da frase.

Na sessão, os deputados entenderam que não era possível alterar as notas por conta das normas estabelecidas no texto de Eduardo da Fonte. O artigo pedia para que “Deus seja louvado” estivesse gravado em uma fonte maior do que o nome do “Banco Central do Brasil”.

Se fosse aprovado o projeto traria custos adicionais, como ficou entendido pelos deputados da comissão, pois as notas que estão em circulação teriam que ser recolhidas enquanto que um novo modelo precisaria ser planejado.

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